Importa começar por dizer que branding não é marketing! O marketing visa a promoção activa de um produto ou serviço, sendo uma táctica de pressão, no sentido em que visa a obtnção de resultados a curto prazo e tem como objectivo concreto aumentar as vendas.
Isto não é branding.
Branding deve preceder e estar subjacente a qualquer esforço de marketing. “Fazer” branding não é empurrar mas sim puxar. Confuso? Nós explicamos.
Branding é a percepção que o mercado tem em relação à sua marca. É a expressão da essência de uma organização, produto ou serviço. É a comunicação das características, valores e atributos que a tornam única e que a afirmam como singular, envolvendo disciplinas como marketing, psicologia, antropologia, sociologia, planeamento, comunicação e design.
Trabalhar uma marca de forma eficaz em termos de branding, significa posicioná-la de forma a que seja o mercado a reconhecer-lhe qualidades e a desejá-la. Ou seja, o branding vai facilitar os esforços de marketing.
Quando lança uma acção de marketing, branding é o que fica na mente do consumidor no final, o que determina se ele se vai se tornar um cliente fiel ou não. Dito de outra forma, o marketing pode convencê-lo a comprar um BMW mas só o peso da marca irá determinar se você lhe será fiel e só comprará BMW no futuro.
É fácil de perceber que uma marca é construída a partir de muitos factores. Entre os mais importantes encontra-se a experiência. Será que o dito carro vai ser fiável como a marca promete? Será que o fabricante vai continuar a manter os padrões de qualidade que os tornaram o que são?
Para ter uma marca de sucesso, deve entender as necessidades e os desejos dos seus clientes uma vez que é nas suas mentes e corações que a sua marca reside. É a soma total das suas experiências e percepções.
Isto é válido para todos os tipos de empresas e organizações. Todos temos algo para vender, embora o possamos fazer de formas diferentes. Cada pensamento, cada acção, cada política, cada anúncio, cada promoção de marketing pode inspirar a lealdade à marca ou dissuadir quem está exposto a ela. E claro, tudo isto afecta as vendas.
Os passos para construir uma marca sólida
1. Identificar o Público-Alvo
Pesquisa, pesquisa e mais pesquisa. É o momento de descobrir quem é o público-alvo da marca, segmentar ao máximo e pontuar com detalhes as características deste grupo. Só com estas informações será possível desenvolver um trabalho de Branding de forma precisa.
2. Posicionar a Marca
Com o público-alvo bem definido e segmentado, é hora de descobrir qual a identidade de marca com que os consumidores se irão identificar. Para isso, deve começar por perceber quais são as expectativas que eles têm sobre o produto ou serviço da empresa. Com essa informação será mais fácil criar uma personalidade para a sua marca, como se fosse uma pessoa.
3. Apelar aos sentidos
Chegada a hora de construir a marca, devem ser explorados todos os pontos de contacto com o consumidor, apelando aos 5 sentidos. Não basta apenas criar o logotipo, mas também pensar no aroma, na textura, som e, se possível, no paladar também! Os consumidores são bombardeados continuamente com publicidade o que resulta na queda na eficiência visual da marca. Marcas que exploram mais sentidos têm muito maior probabilidade de serem memorizadas e absorvidas pela mente do consumidor.
As características de uma marca forte
• Apresenta uma mensagem clara
• Tem um caracter credível
• Conecta-se com os seus clientes ao nível emocional
• Motiva o comprador
• Fideliza os clientes
Em suma, uma marca forte é inestimável. É importante não ter pressa pois a percepção do consumidor raramente se cria ou se muda do dia para a noite! Primeiro invista em pesquisa: conheça o seu público, a sua concorrência e o mercado. Depois defina claramente os atributos, as qualidades que distinguem o seu produto, serviço ou organização. Por fim, construa a promessa de valor. E cumpra!
Pense nisto. Porque é que um consumidor deve ser fiel à sua marca e não a outra concorrente?
